AVC está a tornar-se cada vez mais comum em entre pessoas
mais jovens
O presidente da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular
Cerebral (SPAVC) alertou hoje para o facto de este problema da saúde estar a
tornar-se cada vez mais comum entre pessoas mais jovens.
A propósito do Dia Mundial do AVC que se assinala na
segunda-feira, o neurologista Castro Lopes referiu que se calcula que uma em
cada cinco vítimas tenha menos de 55 anos, chamando a atenção para “os novos
desafios” que esta realidade coloca aos serviços de saúde, quer na fase aguda,
quer na fase de reabilitação.
«Tratando-se de doentes mais jovens, aumentam também os
custos pessoais e sociais com medicamentos, consultas, internamentos e outros
cuidados de saúde, mas também com baixas e reformas antecipadas durante cada
vez mais tempo», sustentou.
De acordo com o especialista, o tabagismo, a diabetes, a
obesidade e a vida sedentária são os principais factores de risco para o AVC.
«O estilo de vida, a alimentação e a falta de exercício
físico regular faz com que envelheçamos precocemente. Por isso, eu insisto que
a população deve ter uma atitude proactiva, porque prevenir é melhor do que
tratar e uma alteração do estilo de vida tem importância até na prevenção da
demência», frisou o neurologista.
Castro Lopes disse ainda que «cerca de 50 por cento dos
doentes que sofrem um AVC ficam com um grau de incapacidade, maior ou menor, e
devem exigir fisioterapia. A fisioterapia não pode ser dada como esmola, deve
ser exigida como um direito».
Dados disponibilizados por esta sociedade científica referem
que os acidentes vasculares cerebrais são a principal causa de morte em
Portugal, que a cada dois minutos acontece um AVC e que uma em cada seis
pessoas terá um AVC ao longo da vida.
Cerca de 30 por cento das pessoas que têm um acidente
vascular cerebral morrem ao fim de um ano e metade dos sobreviventes ficam com
algum tipo de deficiência. Boca ao lado, dificuldade em falar e falta de força
num braço são sinais de alerta que obrigam a chamar o 112.
Lusa/SOL
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