terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

TEORIA DAS JANELAS PARTIDAS

Por Edith Agnes Schultz

Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia. Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipa de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada local. Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta. É comum atribuir à pobreza as causas de delito. Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e da esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí. Quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto. O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.

Por quê que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo de delito? Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como o "vale tudo". Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de actos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a 'Teoria das Janelas Partidas', a mesma que de um ponto de vista criminalístico conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores. Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem 'pequenas faltas' (estacionar num lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas. Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor a criminalidade) , estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metro de Nova York, que se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis que deterioravam o local, sujidade das estacões, alcoolismo entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metro um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metro, impulsionou uma política de 'Tolerância Zero'. A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão 'Tolerância Zero' soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de facto, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero. Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito. Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Esta é uma teoria interessante e pode ser comprovada em nossa vida diária, seja em nosso bairro, na vila ou condomínio onde vivemos, não só em cidades grandes. A tolerância zero colocou Nova York na lista das cidades seguras. 

FRASES SOLTAS

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FRASES SOLTAS

“ As perguntas funcionam como enzimas : caminham por entre as ideias e os pensamentos, seleccionando, centrando, sistematizando, organizando, juntando e separando, desprezando, eliminando, solvendo e resolvendo.” Navarro

WORKSHOP DICAS NEGOCIAIS

É já na próxima 5ª Feira dia 21 de Fevereiro de 2013, pelas 18.30h, na Piscina Oceânica de Oeiras , na Estrada Marginal, Praia da Torre, Oeiras.
 
O Tema é “Dicas Negociais”.
Esta é uma organização gratuita da comissão de trabalhadores da Oeiras Viva.
Estruturação da apresentação é a seguinte:
  1. Comunicar
- Barreiras à comunicação,
- Perguntar é dirigir,
- Atitude positiva.
  1. Gerir o Emocional
- A praga do vencedor,
- Descrição tripla,
- Capacidades cerebrais.
  1. Negociação
- chaves da negociação,
- preparar a negociação.
 
O formador : Engº. João Luís Crispim Ferreira
Estima-se que a acção demore cerca de 01:30min.
A apresentação será efectuada em Power-Point. No final de cada bloco haverá distribuição do resumo da apresentação e exercícios individuais de consolidação (entre 5 a 10 min).

Porto de Recreio de Oeiras

De um dia para o outro algo mudou com a chamada de atenção da Comissão de Trabalhadores há mais cuidado com a imagem dos equipamentos.
Obrigada a todos os envolvidos

                                ONTEM   19/02/2013    HOJE  20/02/2013
                             

Como fazer uma boa palestra ou apresentação | Blog - Tekoare

Como fazer uma boa palestra ou apresentação | Blog - Tekoare

Porto de Recreio de Oeiras nomeado nos Publituris Portugal Trade Awards 2013


O Porto de Recreio de Oeiras está nomeado na categoria Melhor Porto/Marina nos Publituris Portugal Trade Awards 2013.

Esta iniciativa anual, única do seu género em Portugal, teve a sua génese em 1969 sob o nome de “Os Melhores do Turismo em Portugal”. Desde 2010, e dado o número de categorias a concurso, a Publituris, com o apoio e co-organização da BTL – Feira Internacional de Turismo, passou a organizar os Portugal Trade Awards.

Os vencedores desta iniciativa serão conhecidos no próximo dia 27 de Fevereiro, pelas 11h30, num auditório do Pavilhão 1 da BTL - Feira Internacional de Turismo.

 

Porto de Recreio recebe réplica da Nau Nossa Senhora dos Mártires


O Porto de Recreio de Oeiras é o ponto de partida para a apresentação do projecto de construção de uma nau portuguesa à escala Real, a Nau Nossa Senhora dos Mártires.

Nos dias 23 e 24 de Fevereiro, das 10H00 às 18H00, a Ordem da Cavalaria do Sagrado Portugal irá levar a cabo várias iniciativas no Porto de Recreio. Um grupo de recriadores irá interagir com o público guiando-o numa pequena exposição de material militar da época da expansão marítima portuguesa e com um modelo à escala 1:5, com cerca de 4m de comprimento, baseado na Nau Nossa Senhora dos Mártires, que naufragou na barra de Lisboa em Setembro de 1606.

A exposição será interactiva, em que qualquer pessoa poderá envergar equipamento ou manobrar a nau. Haverá ainda mostras de combates e exibição de réplicas de armas de fogo.

No domingo de manhã, será lançada à água uma coroa de flores em homenagem às vítimas do naufrágio da Nossa Senhora dos Mártires.

A Nau Nossa Senhora dos Mártires foi um dos Navio inovador e único na sua época, que constituiu a base do Império Ultramarino Português e do domínio dos mares de todo o Mundo por mais de 100 anos, permitindo manter a segurança nas principais rotas comerciais e manter fortes presenças em territórios longínquos.

A organização pretende que esta embarcação percorra o planeta mostrando ao visitante um Museu Vivo, em cada porto que esteja, assim como o legado português na história mundial. Será também um veículo fulcral de investigação experimental, de sensibilização para temas como o Mar e os Oceanos, intercâmbios culturais, reactivação de indústrias tradicionais e também incentivar a prática de desportos náuticos e de recreio.

Não existe em Portugal nenhuma réplica em funcionamento de um navio destes e com uma dinâmica de movimentação e inter-acção que se pretende diferente e que também se destacará de outros navios de época que rumam os mares do nosso planeta.

Esta iniciativa conta com o apoio da Oeiras Viva EEM e da Câmara Municipal de Oeiras.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

FRASES SOLTAS


RECURSOS HUMANOS DE A a Z

A publicação desta obra constituiu uma tarefa árdua, mas também gratificante e significativa. A forma como foi construída é seguramente um sinal dos tempos que vivemos, com tudo o que eles de bom trazem (mesmo em momentos difíceis não podemos deixar de olhar para o que de bom acontece!).
A primeira característica desta obra, pelo seu caráter quase «enciclopédico», reflete a grande evolução que a área da gestão de recursos humanos sofreu nos últimos 20 anos em Portugal. Sendo certo que ainda há muito caminho a desbravar, é também certo que hoje se nota uma diferença abissal nas práticas de gestão, que reflete um olhar mais estratégico sobre os recursos humanos.
Esta diferença também reflete o formar de uma nova geração de gestores de recursos humanos, que cresceram num cenário de globalização cada vez mais exigente e que ao longo dos anos os fez dignificar a profissão que abraçaram.
Este emergir de um grupo de profissionais de excelência levou à segunda característica distintiva desta obra, que é talvez a sua maior marca de originalidade: a produção coletiva.
Esta obra que se pretende de referência reuniu o contributo de mais de uma centena de autores, que, generosamente, redigiram uma das muitas entradas que esta obra tem, para que, no seu conjunto, a mesma cobrisse todos os campos de conhecimento da gestão de recursos humanos.
Esta obra será certamente um ponto de partida de um projeto dinâmico e sempre em crescimento.

A CABEÇA PERGUNTA A ALMA RESPONDE - VERA LUZ


Estão todos convidados para o lançamento do 3º livro da Vera Luz
http://taniavidalcorreia.blogspot.pt/

RELATOS REAIS 7


PAULO FERNANDO - BRASIL

Denuncio sim uma situação que me aconteceu por ser negro e Doutor...fui colocado para fora de uma escola em Lagoa Santa, pela directora com mesma alegação; ser negro, doutor e de olhos verdes.

Na época que não foi longe, recorri à secretaria de educação e foi abafado o caso e hoje, não depois de muito tempo, dizem que não podem fazer mais nada...a sensação diante disso é horrível...sabe quem a viveu....perdi meus direitos trabalhistas pois adoeci e aproveitaram da doença( depressão ) para dizerem que estava incapaz de ir para uma sala de aula...doente...desisti!

Assim estamos fazendo....sofremos o pior calados deste mundo doente e às vezes sem dó de ninguém...calei e perdi meus direitos...quem vai repô-los?

Meu sofrimento trouxe doença e eu trato e 'banco' e se não tivesse?

Na época ainda usava o SOLIDÉO que tem o significado cristão de respeito ao SENHOR SUPREMO o qual também fui ridicularizado na escola da direcção à secretária...e não pude fazer nada pois 'eu era doente' e agora tem o que fazer?

Todos levam vida normalmente e fiquei com este 'machucado'....

Negro...doutor ... olhos verdes e ainda usando SOLIDÉO (símbolo cristão)....quem duvidar está arquivado na secretaria de educação de BH a minha denúncia!

RELATOS REAIS 6 - A SOLIDARIEDADE VENCE A MORTE NO ASSÉDIO MORAL



O grupo Assédio Moral Denúncia está atento, tem acompanhado alguns casos que têm chegado por e-mail, mas essencialmente por via telefónica, muitas vezes de números privados, com relatos muito dramáticos relativamente a situações deste foro.

Recordo-me de um caso de assédio ascendente, com um elevadíssimo grau de violência, em que a vítima era a chefia, directora de uma IPSS, há mais de quinze anos. No local trabalhavam cerca de 20 pessoas.

Todos os dias era brindada com “presentes”, rasgões nos pneus do carro, riscos e mossas, furto de bens pessoais, nomeadamente os documentos individuais de identificação, cola na cadeira, ramos de flores murchas com mensagem que tinha vindo de um cemitério, da cova ao lado daquela onde ela iria ficar, fezes de animais em cima da secretária, sacos de lixo de artigos de higiene despejados no gabinete, envio de caixões em miniatura para a sua casa com o seu nome gravado, para além de constantes telefonemas e bilhetes anónimos a instarem-na para se despedir caso contrário a morte seria o caminho.

Para esta pessoa, que era uma mulher de 52 anos, com formação superior, e sem quaisquer laços familiares em Lisboa, a empresa era a sua vida, 24 horas por dia, por isso o caminho era um só, acabar como o sofrimento.

Foi alvo de uma acção em tribunal instaurada pelas colaboradoras, apesar de todas as provas perdeu a acção ficando obrigada a pagar uma elevada indemnização.

A pouco e pouco começou a perder a capacidade de memorização, aí entendeu que estava a ficar senil, em simultâneo, chegou a altura da menopausa e todas as transformações que isso acarreta no organismo feminino.

Não tinha vontade nem tempo para ir ao médico, as tarefas que outrora realizava num ápice agora, por falta de capacidade de concentração, pareciam nunca mais terem fim.

Perdeu radicalmente a vontade de aceder aos grandes prazeres da sua vida, a música e a leitura.

Deixou de frequentar a vida social, a sua aparência mudou significativamente, aumentou mais de 30 kg e o seu cabelo começou a ficar todo branco, as rugas começaram a crivar-lhe a face.

Este era o fim da linha já tudo estava perdido, nada mais havia a fazer.

Esta senhora procurou-nos, timidamente e a medo.

Falámos com ela, da primeira vez ainda nos encontrámos num café, disse-nos apenas o primeiro nome Ângela relatou-nos alguns ataques e não quis referenciar a instituição que geria.

Apesar de lhe tentarmos injectar outras perspectivas de vida, ficámos com a sensação que aquele seria dos últimos momentos do final do seu tempo.

Nos dias que se seguiram tentámos ligar-lhe uma série de vezes, o telemóvel tocava mas ninguém atendia.

Percebemos ao fim do quinto dia, que provavelmente estaria viva, senão o telemóvel já estaria desligado. Aqui renasceu a esperança, enviamos uma mensagem a dizer simplesmente “Olá estamos aqui para si”.

Passadas mais de 3 horas, recebíamos um telefonema, do outro lado, uma voz em total pranto.

A noite já ia longa e o único lugar onde poderíamos conversar, de forma mais segura, era nas Bombas da Galp da A5.

Já estava de baixa, ainda se sentia mais inútil, com a total certeza de que já teria sido substituída, até porque os últimos momentos em que esteve na empresa foram dramáticos, ela excedeu-se, não se conseguiu controlar e desta vez por uma coisinha insignificante.

Não sabemos como é que ela conseguiu conduzir naquele estado tão profundo de pranto e depressão. Recusava-se a tomar a medicação, porque ao toma-la estava a admitir a sua insanidade.

Perante a constante insistência de que iria atentar contra a vida, propusemos-lhe uma visita, nesse mesmo momento, ao Hospital S. Francisco de Xavier, indo no nosso carro e deixando o dela ali mesmo, recusou liminarmente.

A fim de algumas horas conseguimos finalmente atingir o nosso objectivo. Apesar da Ângela dizer que queria ir no seu carro, apavorados anuímos e seguimos atrás dela. O carro ziguezagueava na auto-estrada em grande velocidade, mas finalmente chegámos ao destino.

Nesse dia, tivemos sorte, estava lá mesmo naquela altura, a equipa de urgência psiquiátrica. Como ela não queria falar, por medo e vergonha, tomámos as rédeas do assunto.

Para o bem ou para o mal o fim da linha era ali mesmo.

A Ângela esteve internada durante longas semanas, sempre acarinhada por nós, mesmo quando dormia.

Findo todo este processo de reestruturação física e mental partimos para outra etapa, não menos difícil, convencer a Ângela que o emprego fixo tinha de deixar de existir.

Durante este tempo, que foi muito curto, encaminhámo-la para um psiquiatra que tem acompanhado algumas pessoas nestas condições, para além da equipa de psiquiatria do hospital e da advogada, a quem entregámos um relatório elaborado por nós mas com o “agreement” da Ângela.

Aqui já estávamos a trabalhar em equipa o grupo Assédio Moral Denúncia, o psiquiatra e o advogado, é claro que tudo foi muito mais fácil para nós e para a “nossa vítima”.

A Ângela tinha dinheiro junto que lhe permitia levar uma vida confortável, o problema dela era mesmo a ocupação e o “amor à camisola”, também tinha familiares e uma casa perto do Mundão, na Zona de Viseu.

Acabou com o contrato de trabalho, o fio condutor para a morte certa, aquele que a ligava na esta situação de terrível escravatura moral e deslocalizou a sua vida.

Assistimos à sua partida, com os olhos rasos de lágrimas mas, com muita esperança naquela mala do carro. O medo do desconhecido e da indefinição do futuro tolhia-lhe a alma, mas a percepção de que tinha adquirido a condição de guerreira dos seus propósitos levou-a a dar à ignição e arrancar com o carro. Passadas escassas duas horas, ligou-nos a dizer que tinha chegado bem e que iria arrumar, de imediato, toda uma vida que levava nas malas que tinha colocado no carro.

Ouvia-se a voz da esperança a ecoar lá para os lados de Viseu.

Sabemos, porque de vez em quando nos telefona, que está bem, voltou a ouvir música e a criar o gosto pela leitura, mas que ainda não arranjou colocação profissional e que ainda tem muito receio de passar por outra situação idêntica, nem sabe quando vai conseguir ultrapassar o trauma.

Este foi um caso com muita história e que nos fez abalar muito, psicologicamente.

Nunca nos tinha passado nada de igual (dos subordinados para a chefia), nem nunca tínhamos imaginado tanta maldade.

Chegámos a questionar a nossa capacidade para ajudar o próximo, porque esta era uma situação verdadeiramente danosa quer para a Ângela, quer para nós. O sucesso brindou o nosso esforço e isso é muito reconfortante, sentimos que se tinha conseguido uma réstia de justiça.

A Ângela nunca conseguiu escrever uma palavra sobre o caso, nem nunca quis expor a sua situação publicamente em televisão.

Teria sido importante por configurar um caso “sui generis”, mas respeitamos a sua decisão e por isso fizemos nós o relato.

A ângela começa çentamente a despertar para a necessidade de divulgar este caso e autorizou que fizessemos, este relato para um livro.

Estes casos não acabam quando se extingue a raiz do problema para a vítima.

Para nós, a menos que exista uma solicitação de afastamento a pedido da vítima, vamos mantendo o contacto, e oferecendo a nossa mão amiga, nem que seja à distancia , hoje quando falámos com a Ângela ela propôs-nos a publicação do caso no blog.

Obrigada Ângela por nos teres ajudado a crescer com esta experiência e por  teres decidido a continuar a colorir o nosso mundo com a tua vida.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

RELATOS REAIS 5


 
Ana

Tenho vivido uma empresa pública uma situação enquadrável neste texto. Sem pudor, existem hierarquias que entendem que o seu cargo inclui poder absoluto sobre os seus subordinados. A abordar alguém sobre a sua alçada, não conhecem a palavra educação, respeito, dignidade, justiça. Podem substituir pessoas quando quiserem e por quem quiserem, inclusive, amantes, afilhados, amigos partidários. Nem que para isso tenham que fazer a vida negra, a quem já exerce essas responsabilidades, até à rotura e posterior afastamento, deixando o tal lugar vago. Quem tem a dignidade de expor superiormente, dentro da empresa, situações deste tipo, em vez de ser atendido, pelo menos com o benefício da dúvida, é massacrado pelo cooperativismo hierárquico. As nomeações de chefia são efectuadas em cadeia e também por isso as protecções estão relacionadas hierarquicamente. O mau desempenho de um chefe, pode sujar quem o nomeou e por isso é protegido por este. Quando todos os truques não são suficientes, ainda existe a avaliação: por mais que um trabalhador apresente resultados, existe sempre uma falha a explorar, nem que seja a cor dos dentes. É urgente proteger os bons trabalhadores destes predadores ...