domingo, 17 de fevereiro de 2019

Cura da dor psicológica




Já alguma vez viram alguém curar-se no ambiente nefasto que a magoou?
É uma realidade, não é possível atingir a felicidade num ambiente de permanente mal.
Ninguém se cura se não se afastar da origem do problema.
Os males da alma são difíceis de recuperar totalmente.
Normalmente são ignorados e desvalorizados, mas, muitas vezes, são bem piores que as doenças físicas.
É óbvio que não pudemos dissociar as doenças da alma e das doenças físicas. Há uma correlação entre a mente e o corpo, temos consciência disso desde os tempos da antiguidade.
No espelho conseguimos ver o retrato da nossa alma, mas as pessoas, em geral, não olham para a nossa alma, mas sim para a nossa aparência que muitas vezes não transmite o que nos vai no coração. As pessoas estão formatadas para achar que se sorrimos, por um momento, então é porque a vida nos vai de feição.
A sensação de infelicidade não se esvai se não sairmos dos lugares que nos fazem mal e isto pode acontecer em contexto social, profissional e familiar.
A sensação de infelicidade não se esvai se nada fizermos para que ela desapareça, se nos fecharmos no nosso casulo. Temos sempre de socializar, nos bons e nos maus momentos da vida.
O facto de socializarmos, muitas vezes, leva as outras pessoas a entenderem que estamos bem porque  não olham para os males da alma, “quem sorri está de bem com a vida”, esta é uma falsa verdade.
Se não olharmos para a nossa saúde, ficamos mal, o mesmo acontece com a nossa alma, se não sentirmos o que realmente se passa à nossa volta, se não tivermos capacidade de análise para entendermos o que nos faz mal, adoecemos.
Desde sempre que ouço dizer que o corpo e a alma devem ser alimentados com coisas saudáveis.
Mesmo assim tenho a noção que muitas vezes não tratei nem do corpo, nem da alma, aplicando práticas saudáveis que impulsionassem o amor próprio e actividades físicas que me imprimissem um maior índice de saúde.
Devemos de olhar para nós, profundamente, sentir o que nos faz ficar de bem com o corpo e com a alma e alimentar-mo-nos de práticas saudáveis que nos permitam superar todos os momentos, que nos ensinem a lidar com a vida de uma forma pragmática, ou seja sermos objectivos e simples, quando é necessário.
Só nos curamos se cortarmos relações com o que nos faz mal. Há histórias onde não se vislumbra alguma chance de serem felizes, na vida nada é impossível.
Há que voltar a dar hipótese de sorrirmos. Devemos retirar-nos dos locais onde a felicidade foi subtraída da nossa vida.
Um dia até podemos voltar mas quando, as nossas feridas estiverem saradas, e acharmos que é altura de darmos uma nova oportunidade.
Quando nos afastamos desses lugares é porque tomamos a decisão certa, escutámos a nossa voz interior, por muito que, aquando da tomada de decisão, essa nos possa parecer o fim do nosso mundo.
A cura é difícil mas acontece, muitas vezes depois da cura volta a ser viável regressar ao local de onde foi preciso sair.
Na vida as palavras, nunca, jamais, impossível e tantas outras não traduzem realidades liquidas porque nada é para sempre, não podemos garantir que o nunca e o jamais são mesmo definitivos.
Temos de saber mudar de opinião e abrir a mão a novas oportunidades, mesmo que sejam nos mesmos lugares.
As decisões rígidas não nos deixam voltar a ser saudáveis, a sonhar e a ser felizes.
A felicidade não é um destino é um percurso.

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